Déficit de enfermeiros preocupa o mundo. No Brasil, o gargalo é a formação qualificada
Muitos países enfrentam déficit de enfermeiros e estão recorrendo à importação de profissionais brasileiros. No Brasil, um dos desafios é garantir uma formação de qualidade para atender à demanda
A escassez de profissionais de enfermagem é uma preocupação global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 28 milhões de enfermeiros no mundo, porém há um déficit global de 6 milhões de enfermeiros, que deve crescer ao longo dos próximos anos. Em diversos países, há uma crescente saída de enfermeiros da profissão. Por isso, nações como Canadá, Alemanha e Portugal têm buscado atrair profissionais de enfermagem do Brasil para suprir suas necessidades. Diante dessa carência, surgem, inclusive, iniciativas de implementação de robôs em algumas instituições de saúde.
Mas qual é o cenário da enfermagem no Brasil e os seus desafios? Embora o Brasil não enfrente uma escassez imediata de profissionais, o principal obstáculo é a qualidade da formação. Com a expansão do Ensino a Distância (EAD), são cerca de 1.600 cursos de graduação em enfermagem, o que também representa um desafio na fiscalização da qualidade do ensino, como explica Daniel Menezes de Souza, vice-presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen):
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