É preciso preparar os médicos para o luto

O profissional de saúde também tem que saber lidar com a perda para garantir o cuidado que o paciente e os familiares merecem

Volto ao tema da coluna de 23 de julho, quando escrevi sobre a perda ambígua, um quadro no qual a pessoa está presente fisicamente, mas ausente psicologicamente. Na semana passada, participei do 3º. Congresso Brasileiro sobre o Luto, discutindo o papel da mídia na abordagem do assunto. Aprendi muito ao ouvir os demais palestrantes e utilizo uma definição bem ampla da professora Maria Helena Pereira Franco, doutora em psicologia clínica: “luto é a construção de significado em decorrência do rompimento de um vínculo significativo”. Aceitar, elaborar, adaptar-se, reconstruir. Pensamos nos parentes e amigos enlutados, mas, e quando o processo é vivido pelos médicos? Para o oncologista Carlos José Coelho de Andrade, essa é uma questão crucial que ainda não tem recebido a atenção devida:

Nas faculdades de medicina, estudantes são treinados para salvar, mas, e quando o objetivo vai se tornando cada vez mais remoto? A geriatra Claudia Burlá propôs uma reflexão com a seguinte pergunta: “você ficaria surpreso se o paciente estivesse vivo no próximo ano?”. Quando as condições da pessoa vão se deteriorando, o profissional de saúde tem que saber conviver com o prognóstico ruim, afirmou:

Leia a matéria do G1, na íntegra, aqui

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