Em um cenário de informações escassas e pouco esclarecedoras sobre um segmento que é dinâmico e complexo, mas que cresce a cada dia, ocupando cada vez mais um lugar de destaque no sistema de saúde, o Censo Nead 2013 se traduz em uma base de dados sólida para demonstrar a toda sociedade e aos poderes públicos o tamanho e relevância da Atenção Domiciliar no Brasil.

Com a divulgação do trabalho, o Nead espera realmente contribuir com o planejamento estratégico do setor, com a elaboração de políticas públicas de saúde e, principalmente, para que os gestores públicos e privados dediquem atenção adequada a um modelo que gera mais de 200 mil postos de trabalho, ultrapassando as marcas de 1 milhão de pacientes atendidos e de R$ 3 bilhões de faturamento anual e, portanto, é inegavelmente importantíssimo para a sustentabilidade do sistema.

Para garantir a idoneidade do trabalho e a confidencialidade das informações, o Nead optou pela execução profissional do levantamento, contratando a Fran6, empresa especializada e referência em pesquisa de mercado, que realizou entrevistas com empresas associadas e não associadas à entidade, no período de abril a maio de 2013.

Destacamos aqui alguns dos principais dados e informamos que a íntegra do Censo Nead 2013 está disponível para associados, na área restrita do site, mediante login e senha.

Perfil das Empresas

Do total entrevistado, 87% são Prestadores de Serviços e 34% são Operadoras de Planos de Saúde que também prestam ou terceirizam o serviço. Todos, no entanto, realizam Atendimento Domiciliar.

Além do Atendimento Domiciliar, 84% realizam Internação Domiciliar e 65% fazem também Atendimento Pré-Hospitalar.

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Colaboradores por regime de trabalho

Esse dado é de extrema relevância, revelando a especificidade do setor que provê um atendimento descentralizado e sem delimitação de área, pois não pode definir onde o paciente reside, além de não ter autonomia para impor o profissional que prestará o serviço no domicílio.

Trata-se de um sistema complexo, que deve considerar inúmeros fatores, como complexidade clínica da atenção, local da prestação do serviço, viabilidade estrutural, técnica e de acesso, além da aceitação do indivíduo recrutado pelo paciente/família.

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A operação do modelo adquire contornos de tal complexidade que necessita de uma flexibilidade nas relações entre trabalhadores, família, empresa e plano de saúde. Isso sem falar dos reais problemas de mobilidade urbana, formação técnica e profissional e da escassez de recursos humanos habilitados.

Note-se que sobressai o trabalho cooperativo, que representa mais de 75% dos recursos humanos do setor somente no AD e na ID (93.372 profissionais no período).

Também considerando apenas o Atendimento Domiciliar e a Internação Hospitalar, o setor gerou trabalho para aproximadamente 230.000 profissionais, num cenário de percepção de crescimento constante.

Faturamento Estimado

Considerando os três serviços – Atendimento Domiciliar, Internação Domiciliar e Atendimento Pré-Hospitalar –, o montante anual envolvido na prestação de serviços beira os R$ 10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais).

Analisando somente os serviços de AD e ID, o volume financeiro envolvido soma mais de R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais).

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