Vem aí o novo Censo NEAD da Atenção Domiciliar no Brasil!

Os participantes do Seminário realizado na sede do NEAD e SINESAD no último dia 21, assim como aqueles que acompanharam virtualmente da Bahia, souberam em primeira mão da parceria firmada com a Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP para a realização do Censo 2017/2018 da Atenção Domiciliar no Brasil.


Os minutos finais do evento foram destinados aos coordenadores da pesquisa, Paula Pereda e Rafael Xavier, que são da Fipe e professores do departamento de Economia da Universidade de São Paulo, quando explicaram que se trata de uma análise do setor de serviços de Atenção Domiciliar e avaliação de impactos de cenários de retração de oferta.


Objetivos

A Pesquisa Fipe/ Censo NEAD pretende traçar um panorama nacional do mercado de AD, levando em consideração as especificidades regionais, ou seja, quais as características das empresas de cada região do país. Além disso, quantificar o tamanho do setor e sua importância, avaliando os impactos, de forma desagregada, de sua retração ou de seu desaparecimento para o bem-estar da população.


“Nosso objetivo é prover subsídios para melhor informar a sociedade e setores governamentais sobre a importância do setor para a sustentabilidade do sistema de saúde e sobre as dificuldades pelas quais passa”, explicou Rafael.



Rafael Xavier e Paula Pereda, da Fipe

Métodos da Pesquisa

O levantamento terá dois pilares fundamentais: os Dados Primários, através de um questionário eletrônico que pedirá algumas informações a respeito do dia a dia das empresas e os Dados Secundários, dados de bases públicas como, por exemplo, DATASUS e RAIS, que complementarão tais informações.


Quanto aos dados primários, eles explicaram que foi montado um questionário que procura deixar os respondentes confortáveis para responder. “Precisamos de informações sobre composição de custos em percentuais; sobre os municípios em que as empresas atuam, para saber qual a capacidade de absorção da rede; o perfil dos pacientes atendidos (faixa etária, situação, tempo em AD) e a quantidade de colaboradores. Afinal, queremos entender as ameaças, as dificuldades que as empresas estão enfrentando e o perfil dos colaboradores é importante para esse entendimento”, explicou Rafael.


Informações e Mapas

De acordo com a apresentação, uma amostra do que a equipe pretende ter ao final da pesquisa é:

  • custo médio por paciente;
  • número de pacientes por localidade geográfica;
  • capacidade de absorção desses pacientes pelas redes pública e privada, considerando cenários de retração do setor;
  • impacto potencial da retração do setor por cenários;
  • quantidade de leitos hospitalares adicionais que deveriam ser criados para acomodar excesso de demanda resultante, por cenários.


Por fim, profissionais da Fipe e diretores do NEAD ressaltaram a importância da participação de todas as empresas e reiteraram o sigilo do trabalho.



Diretoria do NEAD com profissionais da Fipe – Luís Cláudio Marrochi, Ari Bolonhezi, Rafael Xavier, Paula Pereda e Sergio Candio

“A significância estatística da pesquisa depende de termos um número grande de empresas respondendo. Peço a todos que procurem responder com o máximo de fidelidade possível e informo que todos os dados são sigilosos à Fipe, não serão repassados a terceiros, de modo que não possam ser identificados os respondentes. A conclusão da pesquisa não trará dados individuais e sim agregados e, por fim, o sigilo dos dados é uma característica essencial das pesquisas que a Fipe realiza”, disse Rafael Xavier.


Já o Dr. Ari Bolonhezi, presidente do SINESAD e diretor do NEAD, complementou: “Sabemos que a questão do sigilo é um ponto que afasta as empresas dos questionários. No entanto, quero ressaltar que a pesquisa será feita de maneira totalmente profissional, apartada de NEAD e SINESAD, as informações terão um tratamento estatístico e o link estará à disposição vinculado à Fipe. É muito importante que os senhores indiquem quem é responsável na empresa para responder, pois, muitas vezes, o e-mail chega para alguém que não está avisado, é deletado e nós acabamos sem a informação e a empresa diz que não foi procurada”.


Por fim, a importância da iniciativa foi reforçada pela Dra. Caroline Marchi, advogada que acabara de proferir o Seminário. Segundo ela, muitas vezes quando conversam com o Ministério Público e outros órgãos governamentais sobre o setor de Atenção Domiciliar, a maior dificuldade é a ausência de números do setor. “O Ministério do Trabalho não se movimenta em absolutamente nada se não tiver conhecimento de dados do setor e, portanto, esse Censo é muito importante até para que vocês consigam ter políticas mais voltadas para o setor”.


AGUARDE, EM BREVE, UM CONTATO DA FIPE E PARTICIPE DO CENSO NEAD!

A PARTICIPAÇÃO DE SUA EMPRESA É FUNDAMENTAL!